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CIBERCULTURA E imaginário hooligan: RITUAIS TRIBIS E VIOLêNCIA SOCIAL NO ORKUT

 

Por Francisco Menezes Martins y Juliana Momberger
Número 64

 

Resumo: O presente artigo analisa as principais comunidades no Orkut de Cyberhooligans vinculados ao Grêmio Football Porto-alegrense  e ao Sport Club Internacional, sob a perspectiva da filosofia da comunicação, tendo as Sociedades Disciplinares (FOUCAULT, 1987)  como módulo do hooliganismo e as Sociedades de Controle (DELEUZE, 1996), como modulações do cyberhooliganismo. Parte-se das noções da dissertação da Genealogia da Moral, de Nietzsche, e das idéias de Baudrillard, em  Da Sedução e Tela Total  O imaginário contemporâneo potencializado pelas redes digitais de comunicação se encontra, nos rituais Cyberhooligans, com uma antiga prática de tribalismo (MAFFESOLI, 1988) através de gangues que deixam vestígios nos espaços urbanos. A intenção do presente artigo é   aliar noções da filosofia da comunicação com as práticas sociais das torcidas do Grêmio Football Portoalegrense  e do Sport Club Internacional, ambos de Porto Alegre, Brasil.


Em qual medida, um conceito ambientado em rotinas culturais específicas pode se ampliar a ponto de cobrir uma zona de sombra que envolve a violência urbana e o futebol ?


      Idéiaurbana, herdeira da crise social da Revolução Industrial e nascida na Inglaterra, por volta de 1880,  pode- se afirmar que o imaginário hooligan1, em si, já é uma marca de distinção e revolta contra o sistema que inventa  limites e punições para o desvio da norma,  e estabelece infrações aos atos coletivos de vandalismo.


 A questão é a da rivalidade, do fator religioso da pertença a um clube de futebol como templos pós-modernos de consumo do imaginário de hegemonia e conquistas menos sobre todos os adversários do que sobre o principal rival.


     Em alguns momentos do calendário esportivo brasileiro, os confrontos diretos entre clubes de uma mesma cidade alteram a rotina dos deslocamentos urbanos e pelo ciberespaço.  A espera do grande  ‘Derby” desperta tanto nas  autoridades como nos membros Cyberhooligans de ambas torcidas, o sentimento de que algo vertiginoso e de riscos incalculáveis pode  suceder.


     Se, no entorno do estádio, palco do enfrentamento, o comportamento coletivo dos torcedores anfitriões é agressivo na defesa do território, o dos visitantes, sempre em ampla minoria, é cauteloso e precavido. A violência pelo jogo contra o maior rival, a presença do “inimigo’ dentro de ‘sua própria casa’ e  o temor de perder e ver a felicidade estampada nos olhos de quem se odeia mutuamente causa o sentimento que impulsiona o “vencer a qualquer preço”.


     De um lado, as leis buscam reduzir as circunstâncias da violência no futebol brasileiro, como ao proibir a venda de bebidas alcoólicas no interior dos estádios e  diminuir o número de ingressos vendidos para torcedores adversários,  de outro, a organização coletiva nas redes sociais, especificamente, o Orkut, objeto aqui pesquisado, se revela efervescente. Percebe-se que há uma interação direta entre as notícias veiculadas em programas esportivos de rádio e televisão, além das páginas esportivas de jornais, com os assuntos comentados nas comunidades. 

   
     Ao  se levar em conta  o fim da separação entre palco e platéia e a  entrada definitiva no mundo no estágio de uma “Tela Total” (BAUDRILLARD, 1998)  é possível pensar que os jogos do campeonato não são disputados apenas pelos jogadores. A infiltração da interatividade estimulada e do Imaginário Cyberhooligan na sociedade atual, se reflete nas práticas violentas de brigas e execuções agendadas pela internet, além de diversas formas de provocações e humilhações menos pessoais do que contra o objeto de culto do torcedor rival.


     Neste sentido, a idéia é a de que  blogs e comunidades de torcidas organizadas no orkut constituem uma arquibancada virtual permanente do futebol brasileiro, uma vez que a sedução não se esgota (BAUDRILLARD, 1992)  e, diariamente,  a identificação dos Cyberhooligans é com seus rituais tribais ou comunitários.


      Assim, mesmo sem futebol como objeto da consumação torcedor/clube/rival,   permanece a relação  de rivalidade entre facções  Cyberhooligans, através de rituais de preparação para o combate, intimidação do adversário, exteriorização religiosa por meio de hinos entoados e repetidos em posts e comentários. A tentativa é de ridicularizar e  diminuir o adversário em piadas, apelidos jocosos, etc...


Tanto que as forças ativas/afirmativas de cyberhooligans nunca são plenas, pois se nutrem de aspectos essenciais das forças passivas/reativas/negativas. O prazer nunca é completo sem a contemplação da dor do rival ferido ou do adversário derrotado.  Algo pendular como a noção nietzschiana do escape da dor e da busca do prazer como contornos da natureza humana.


     Durante 90 minutos por semana, há o contato que dá razão à existência de times e torcidas. Porém, a relação interna e de repulsa aos grupos rivais acontece sete dias por semana. A rivalidade não cessa e engendra novas formas de ataques e combates. A organização interna separa bons e maus adeptos. Não basta amar o clube, mas afirmar tal sentimento seguindo uma “cartilha’ que indicaria procedimentos  de como torcer, o que cantar, o quanto beber, etc...


     Formatação e programação do espetáculo social. Passagem de espectadores passivos, em relação ao jogo, a coadjuvantes do espetáculo midiático pós-moderno. Alvo preferencial  dos planos de câmera apontadas para as arquibancadas. Da inversão do ponto de vista dos jogadores para os assistentes,   do palco para a platéia. Da elevação do torcedor e do Cyberhooligan à categoria de participante, como  Espetáculo de uma relação social mediada por imagens (DEBORD, 1997,)   

  
     Haveria, assim, ao seguir com a noção da Tela Total (BAUDRILLARD 1998), a radicalização da inversão do ver e ser visto ( BRUNO, 2004) e a publicidade da interiorização de si mesmo (SIBILIA, 2003). A rivalidade existente em Porto Alegre pode ser comparada com as de outras cidades que possuem a divisão de forças entre dois times.


     Para enfatizar a semelhança cultural, aponta-se para os exemplos da guerra cromática azul/vermelho, em Milão, na Itália, com Inter e Milan. Na Inglaterra, entre Manchester United e Manchester City. De natureza religiosa semelhante, mas em outras cores do espectro, os casos de Betis e Sevilha, na Espanha,  Peñarol e Nacional, no Uruguai,  e Boca Juniors e River Plate, na Argentina.


     Em todos, há a concentração do aspecto tribal com ênfase nas diferenças que, internamente fazem muito sentido para os membros dos grupos em questão, mas que do ponto de vista exterior apresenta uma série de rituais comuns, separados apenas pela cor da camiseta. Como ponderava Nietzsche, na primeira dissertação (NIETZSCHE, 1992 ) as  forças ativas e reativas e a própria noção de bem e de mal encontram-se distribuídas em termos de afirmação própria ou de ressentimento. Moral do Senhor e Moral do Escravo (NIETZSCHE, 1992). Cada torcida apresenta sua bravura, através de maifestações, ora de ufanismo, ora de repúdio ao adversário.


     A morte de dois torcedores do Internacional2  e a cobertura, principalmente por meio da internet e da televisão, determinou a entrada do tema nas comunidades de ambos.


Vale ressaltar que não houve repercussão além das comunidades oficias dos clubes, como poderia ser esperado. As principais torcidas: Geral, do Grêmio, e Popular, do Inter, não trataram do assunto.


      Desta forma, o artigo utiliza-se  das fontes, duas comunidades pioneiras e numerosas:  Aproximadamente 430 comentários foram coletados, dos quais 250 da comunidade colorada e 180 da comunidade gremista. Para efeito da análise, a partir da pesquisa de campo   com a Netnografia (KOZINETS, 2002 ) como suporte metodológico, são utilizados apenas os comentários diretos sobre o caso da morte dos torcedores colorados, objeto do presente texto.


     Ainda que a observação participante e as táticas antropológicas no ciberespaço sejam permanentes, dado que este artigo é parte integrante de uma pesquisa mais ampla, o olhar momentâneo foca o dia do crime como cenário nas comunidades e as reações  cyberhooligans do Grêmio3 e do Internacional4 por meio de  seus membros.


A análise contempla três categorias para cada comunidade, elegidas a posteriori, a partir da  Netnografia:


1 – Grêmio Football Portoalegrense
1.1 -  Comentários de pessoas que dizem que “rivalidade” só em campo
1.2 - Comentários de pessoas que apóiam a morte ou cadeia de marginais, independente de que torcida eles sejam e independente do ocorrido
1.3 - Comentários de pessoas que culpam a imprensa por divulgar e mencionar, segundo eles, erroneamente os nomes das torcidas, principalmente em época de GRE-NAL, e por considerá-los sensacionalistas

2 –  Sport Club Internacional

2.1 - Comentários de pessoas que apóiam a morte ou cadeia de marginais ou qualquer outro tipo de punição, independente de que torcida eles sejam e independente do ocorrido
2.2 - Comentários de pessoas generalizando levando o ocorrido para a torcida gremista, como culpada pelo o ocorrido e como violenta, ou outra citação, em geral
     2.3 - Comentários de pessoas que de certa forma revidam as opiniões generalizadas

  1 )Comentários Comunidade do Grêmio sobre o assassinato de torcedores colorados

http://www.orkut.com.br/CommMsgs.aspx?cmm=22731&tid=
5216817447013859573&kw=dois+gremistas+matam+colo+s%C3%A3o+leopoldo

 

1.1) Comentários de pessoas que dizem que “rivalidade” só em campo5:

 Consideram todos iguais fora de campo e questionam os motivos   pelos quais existem tais atos de violência. Apesar de estarem cercados por suas marcas, preferem a racionalidade do juízo ponderado destarte a posição minoritária dentro da comunidade. Pregam a justiça social sobre as práticas agressivas e criminosas. Independente da noção de controle, este grupo não participa ativamente do imaginário cyberhooligan

 

1.2) Comentários de pessoas que apóiam a morte ou cadeia de marginais, independente de que torcida eles sejam e independente do ocorrido6:

Fazem apologia da violência a qualquer preço. Desvinculam a ética das práticas violentas e a justificam como uma forma de vingança, de justiça tribal necessária. A rivalidade é motivo de radical racismo esportivo. O torcedor do clube inverso é detratado e humilhado. Que a tensão culmine em morte é questão apenas de circunstâncias conspirarem. A rixa, termo muito utilizado pelo Jornalismo Policial, se aplica no presente contexto. A crescente confrontação dos grupos inimigos exacerba a diferença, bem como a  possibilidade e o risco do crime.   

1.3) Comentários de pessoas que culpam a imprensa por divulgar e mencionar, segundo eles, erroneamente os nomes das torcidas, principalmente em época de GRE-NAL, e por considerá-los sensacionalistas 7:

Alguns não querem enxergar nem admitir a realidade e acabam desviando o foco principal da notícia, saindo dos fatos e culpando assim a imprensa. A empresa jornalística RBS é apontada por este grupo como a responsável pelo clima de constante violência entre as torcidas, principalmente pela divulgação  da morte dos colorados, como estopim do sensacionalismo jornalístico transformado em álibi de violência Cyberhooligan.

  2) Comentários Comunidade do Internacional sobre o assassinato de torcedores colorados

http://www.orkut.com.br/CommMsgs.aspx?cmm=29755&tid=
5216794507546611905&kw=
dois+gremistas+matam+colorados+s%C3%A3o+leopoldo

2.1) Comentários de pessoas que apóiam a morte ou cadeia de marginais ou qualquer outro tipo de punição, independente de que torcida eles sejam e independente do ocorrido8:

Este grupo é mais radical. De certa forma incentiva à violência e prisão de pessoas que cometem tais barbáries, querem justiça temendo que esses atos possam chegar a pessoas próximas e culpam leis rigorosas para pessoas que consideram honestas. Alegam também que sujam a imagem de ambos os times não podendo ser considerados como torcedores. Alternam ponderação e condenação aos autores do crime. Pedem a pena de morte ao mesmo tempo em que recordam, de forma nostálgica, os tempos em que ambas torcidas conviviam em paz, apesar da histórica diferença.

 

2.2) Comentários de pessoas generalizando a torcida gremista, como culpada pelo o ocorrido e como violenta, ou outra citação, em geral9:

Neste grupo fica clara a revolta com o  ocorrido. Porém uma indignação com torcedores gremistas como um todo, os consideram todos agressivos e pedem por algo que vai além de justiça, pedem por punições drásticas, tanto para os dois jovens assassinos em foque quanto para toda a torcida em si; tornando algo generalizado e agressivo verbalmente.

2.3)  Comentários de pessoas que de certa forma revidam as opiniões generalizadas10:

Este grupo faz parte de uma minoria, questiona as pessoas que têm prováveis amigos gremistas e se realmente podem ser considerados então, como todos assassinos, violentos. Usa a racionalidade para defender reais torcedores, já que estes, segundo eles, não fariam tais barbaridades. Além disto, criticam músicas da torcida colorada que incitam agressões físicas e verbais à torcida rival, alegando que isto é tão violento quanto cometer um crime.

Considerações:

     As comunidades refletem o estado de tensão que toma conta do ambiente após o crime. Os   Cyberhooligans de ambas torcidas apostam em soluções variadas para o fim do conflito. A relação de forças em nível retórico se  potencializa e as palavras fortes brotam dos comentários. Mesmo os grupos que defendem a justiça para os culpados e a paz no futebol,  ainda assim, acabam por se  inscrevem, também, numa órbita mais afastada do epicentro da violência.


     Considera-se que existam diversos graus de afetação pelas práticas do cyberhooliganismo. A postura extrema de tomar a vingança para si é apenas uma delas. O que vale nas sociedades de Controle são as modulações. Assim, o rastreamento mútuo  no âmbito das comunidades revela  o traço das caçadas tecnológicas em busca da identificação e do  posterior aniquilamento do rival. A escalada da tensão aponta para uma retro-alimentação pela própria interatividade.


     A possibilidade de exercer o fanatismo em grupo eleva o imaginário tribal dos cyberhooligans a níveis nunca antes atingidos. O dispositivo paramilitar das redes sociais no Brasil é o espírito histórico herdado dos hooligans ingleses e, ainda mais, mesclado com as condições particulares do dualismo do modo de vida gaúcho. A vida social como inconsciente da média,  em nível de massa, sempre menor que a própria noção de ‘massa como fato psicológico’ e não pela presença de todos os indivíduos ao mesmo tempo (ORTEGA y GASSET, 1997).   

     
Pretende-se, portanto, promover a aliança do conceito orteguiano com a  percepção baudrillardiana de   hiper-realidade. O fato é um fundamentalismo esportivo que associa indivíduos que, mesmo isolados fisicamente,  sem a visibilidade além das telas de conexão interativa, carregam o ‘fato psicológico do homem-massa’ como extremidade perceptível de um cibersocial complexo e de várias camadas antropológicas..  


     O crime envolvendo torcedores de clubes rivais de Porto Alegre revela a tensão permanente entre as maiores comunidades  de cyberhooligans gremistas ou colorados. Se, nas Sociedades Disciplinares, o estádio a rua e o Pub eram o cenário da violência e da  vigilância, acrescente-se as tecnologias digitas de comunicação social como elemento que complexifica e potencializa a modulação e o rastreamento como forma de hegemonia pós-panoptica das Sociedades de Controle.


Ao longo de horas de pesquisa nennográfica, os dados das comunidades indicam a presença de subgrupos heterogêneos dentro das comunidades, onde as opiniões dogmáticas no sentido do imaginário cyberhooligan se alternam com a flexibilidade de pseudocyberhooligans que orbitam tais comunidades, como se fossem avatares de um jogo social, onde o resultado e o desempenho dos times contam menos que a  guerra contra o rival,  o que revela  a face do orkut como estádio, rua e Pub  permanentes   dos cyberhooligans brasileiros.


Notas:

1 Silva, G. "Futebol e a fúria das torcidas organizadas - Aspectos sociológicos e jurídicos: - http://www.duplipensar.net/
artigos/2008-texto/futebol-furia-torcidas-organizadas-origens-violencia-desportiva.html
. Acessado em 4/8/2008

 Os hooligans são, em sua grande maioria, jovens urbanos que aderiram à cultura da violência gratuita e acostumada à própria violência de nosso cotidiano. O termo hooligan tem sua possível origem da publicação de Hooligan Nights, de Clarence Rook, publicado em 1899. Narra à história de um jovem briguento, desordeiro e homicida, que condenado, morre na prisão, seu nome era Patrick Hooligan. Existe uma segunda versão para o surgimento do termo, vinculada a uma família Irlandesa que viveu em Londres, no fim do século XIX, os Houlihan, considerada violenta. O termo foi rapidamente associado a grupos de jovens violentos, na Europa os torcedores fanáticos ficaram rotulados por hooligans, no Brasil ficaram rotulados por torcidas organizadas e no restante da América Latina de barras bravas.”

 

2 Rivalidade entre torcedores deixa dois mortos (28/06/2008)
Na madrugada do dia 28 de junho, em São Leopoldo, no Vale do Sinos, dois torcedores colorados morreram após receberem disparos de gremistas. O fato ocorreu, segundo o site da Zero Hora (http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/
default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a2008378.xml
), por volta das 3h35min no bairro Rio dos Sinos. Jeferson Alves Ferreira de 21 anos e Gabriel Eloi de Oliveira de 23 foram assassinados em frente à casa de Jeferson, ambos morreram na hora com tiros na cabeça e nuca. Segundo a família de Ferreira, ameaças de morte perante ligações foram feitas tanto pra ele quanto para o amigo durante a semana, com garantia de que não passaria do Gre-Nal do dia 29.
Ainda segundo a Zero Hora, os torcedores do Internacional comandavam excursões de São Leopoldo até Porto Alegre para colorados irem aos jogos do time no Beira-Rio, e isso desagradaria os gremistas, levando eles a cometerem o crime. Além destes jovens estavam mais dois junto a eles reunidos em uma área coberta em frente à casa, porém só Jeferson e Gabriel receberam os disparos, sendo então os alvos, os outros não ficaram feridos

3 História do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense

O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense é um clube de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul e foi fundado no dia 15 de novembro de 1903.
O primeiro estádio do clube foi inaugurado em 1904. O atual do time, o qual teve inauguração no dia 19 de setembro de 1954, tem como nome Olímpico Monumental, e sua capacidade é de 55 mil pessoas, o primeiro jogo disputado nele foi contra o Nacional de Montevideo, com vitória gremista de 2 a 0. O mascote dele é um mosqueteiro, criado pelo cartunista Pompeo e foi oficializado como tal em 1946. O hino do clube foi escrito pelo famoso Lupicínio Rodrigues, e é um dos mais conhecidos no Brasil. O único título de Campeão Mundial conquistado até agora foi em 1983.
Segundo a revista Placar, o Grêmio possui o segundo maior número de sócios do Brasil, 41.600; e o número de torcedores é de aproximadamente 7.926.250, 53% se encontra no Rio Grande do Sul, segundo o site Wikipedia. http://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%AAmio_Foot-Ball_Porto_Alegrense
http://www.gremio.net/

4 História do Sport Club Internacional
 
O Sport Club Internacional foi fundado no dia 4 de abril de 1909. O time de Porto Alegre (Rio Grande do Sul), foi criado por dois irmãos paulistas que se transferiram para a capital em 1908, o intuito deles era praticar futebol e assim que chegaram foram até o Grêmio, porém este recusou os irmãos Poppe com a desculpa de não conhecerem a cidade.
O mascote do time começou sendo um Negrinho na década de 50, porém, com o tempo acabou virando um Saci. O primeiro estádio do time foi o Estádio dos Eucaliptos e no dia 6 de abril de 1969 o estádio atual, Beira-Rio, foi inaugurado; a primeira partida nele foi contra o time do Benfica, o resultado do jogo foi de 2 x 1 para o Inter. O hino do clube foi escrito por um torcedor, carioca, Nélson Silva, no final dos anos 50. Até agora o único título mundial do Internacional foi conquistado em 2006.
No site oficial do clube, o número de sócios que o Internacional possui é de 76.323, sendo o segundo maior da América Latina e, o número de torcedores é de 5.500.000.
O Internacional possui três torcidas Organizadas, a maior delas é a Camisa 12, as outras duas são: Super F.I.C.O. e Nação Independente.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sport_Club_Internacional
http://www.internacional.com.br/home.php

5 Henrique
Odeio essas merda ai! Pq ter briga?????
Gre-nal tem q ser no campo!
Mike ♥ Anne
lamentável..guerra é em campo.
Robson
isso é horrível. Ser gremista ou colorado é opção de cada pessoa, agredir ou matar o outro porque torce pro time adversário é doença.
Espero que esses dois, nunca mais usem uma camisa do Grêmio..
algumas pessoas são ridículas. O Grêmio e o Inter deverão fazer uma homenagem a familia dos dois.
Grenal é rivalidade dentro do campo, fora somos todos gaúchos, colegas de trabalho, vzinhos e tudo mais...
**Aℓℓαη**
Aff pra que isso???Guerra é dentro de campo!!!

 

6 →lipe™←
tanto os gremistas quanto os macaco envolvidos nisso ae eram marginais!
pena que pararam de forma tragica né
Henrique
PRA MIM "VAGABUNDO É VAGABUNDO, E VICE-VERSA"
Tomas
Por mim que se matem, estes marginais tem mais é que se matar mesmo.
Nego se mata por causa de futebol? A vai toma no cu. PQP
Jim=★=Dudoo :P
Esses não encomodam mais! xD
SeeD
Lugar de bandido/marginal/vagabundo é na cela ou debaixo da terra, seja gremista ou colorado.
Tomas
Tem tudo que morrer mesmo, estes marginais, tanto gremistas como colorados.
Se matar por causa de futebol é ESTUPIDEZ!
Nine
eles não eram só torcedores,
eram bandidos!
tanto colorados, quanto gremistas;
IaN'
uhauhua
menos 2 , se ja tinha tomado tiro e o otro foi preso
gente boa eles nao eram..
intah melhor debaxo da terra doke ariscando
a minha vida e de meus familiares!
Tiago
rafa
bandido bom é bandido morto
Nei Junior
SE eram marginais, na boa, ja vão tarde
Paulo
eles colheram o que plantaram, e os que mataram logo vão pra vala também, não tenho dúvida disso..
no final, todos estarão juntos sentadinhos no colo do capeta nas profundezas do inferno...

7 Comentários de pessoas que culpam a imprensa por divulgar e mencionar, segundo eles, erroneamente os nomes das torcidas, principalmente em época de GRE-NAL, e por considerá-los sensacionalistas:
Leco
menos dois vagabundos na sociedade
 Jeferson
FODA ISSO!
Não importa se é morango.. se é Gremista ou o q for...
essas coisas me revoltam!
William
RBS é foda tbm, só que ve o circo pega fogo!
Emanuel
Tem q abri o olho q essa imprensa FDP vai fazer um escandalo podendo provocar confusão amanhã soh pra fude o tricolor...
Isso não tem nd haver com Grenal, foi briga de marginal...
Karling
hoje no jornal N
A RBS adora alardear isso
Emanuel
Essa jornalista so pode ser doente, no final da matéria ela da à entender q os cara foram mortos pq organizam excursões pra Poa...so uma pessoa doente pra escrever algo assim numa véspera de Grenal, pra mim isso é incitação à violência...quaquer coisa q acontecer ela tem que ser responsabilizada...
Marcos
foi foda...
mas não teve nada a ver com o GREnal
eles foram executados...os motivos eu imagino,
mas a imprensa aproveita pra sujar o nome
da torcida do GRÊMIO
Anaah
Só na cabeça daqueles duas idiotas da RBS que esses dois colorados eram "santinhos"...
  _Alex
E ainda me pergunto: Pq falam que gremistas mataram dois colorados?
Isso só pq amanhã é Gre-nal fica falando mal do Grêmio
Essa RBS tem que tomar no c*
Lamentável!!!
Quase pra começa um dos 4 clássicos previstos e isso acontece...
Vai cria um climão galera...

8 Giovani
Esse tipo de gente aí é bom q se matem tudo mesmo.
Antes q matem uns aos outros do q venham matar gente de bem...
Carlos
O governo tira a arma do cidadão de bem, mas dos marginais não. Estou cansado de governos que previlegiam marginais. O vagabundo deu os tiros porque sabe que não vai dar nada, na pior da hipóteses 5 ANOS, ou seja 1/6 de 30 anos. O vagabundo fica 1 ou 2 anos preso e já pega progressão de pena, ridículo isso.
Enquanto isso o cidadão honesto não pode andar armado e se tomar uma garrafa de cerveja e dirigir vai em cana. As leis tem que ser rigorosas para todos.
Pedro Abib
Tchê eu não quero colorado que mata gremista, pode fazer o que quiser pelo inter, se é marginal não me serve.
Não tô dizendo que é o caso deles, mas diz que foram presos por matar um gremista...
Não sei. Não afirmo, não julgo.
100%
Eu so' estou esperando o dia que esses dois executores sejam entao executados pq quem vive pela espada (coisa de gremista) vai morrer pela espada tambem. O dia que esses gremistas forem mortos ( e o serao pq vagabundo mata mas o seu dia tambem chega) eu vou levantar, bater palma e falar a mesma coisa.
vagabundo tem que morrer
Tah loco...
tomara q pelo menos a justiça seja feita...
eh foda....
Antonio
Futebol não é guerra.
O futebol serve para algumas coisas, umas ruins e outras boas. Algumas das ruins: encher o bolso de dirigentes e políticos corruptos, enquanto os clubes vão quebrando e vendendo seus jogadores para o exterior, e acolher esses criminosos que usam as camisas dos times para disfarçar seu banditismo. Algumas das coisas boas: fazer a alegria do povão na hora do gol e na hora de levantar a taça, e a mais importante, para mim, poder meter a maior flauta nos amigos e colegas sofredores dos outros times, embora tendo de agüentar a flauta deles, quando perdemos. É isso aí. Todos, colorados, gremistas, e etc, temos a obrigação de repudiar esses marginais, denunciá-los à polícia, de modo que o futebol recupere a sua finalidade principal, desde a sua invenção: diversão e lazer para o povo!!! Paz nos estádios e nas casas e nas ruas, e cadeia para esses vagabundos!!!
modestia parte
quem faz isso tem que morrer (Y)
indignação

9 Comentários de pessoas generalizando levando o ocorrido para a torcida gremista, como culpada pelo o ocorrido e como violenta, ou outra citação, em geral:
Allan Noveletto
Atitude ridicula..
se acham os dono do mundo!
Arthur
se dizem grandes, mas suas atitudes os condenam por
TIME PEQUENO!
Rafael
A TORCIDA TRICOLOR DEVE ESTAR CONTENTE
Já que terão representantes seus INDO À JÚRI E SENDO - muito provavelmente - CONDENADOS POR HOMICÍDIO QUALIFICADO.
Evidente, os "gremistas" irão pra cadeia e lá, terão que usar preservativos....não que eles vão "namorar" alguém, mas certamente serão "namorados" de outros...
Uma atitude reprovável sob todos os aspectos, que merece punição exemplar.
Isso é FUTEBOL, nada mais. É um jogo, são 2 clubes. Nada mais. Todos têm suas vidas e seus afazeres, colocar rivalidade clubística à frente disso tudo é coisa de MARGINAL e lugar de marginal é NA CADEIA.
Tiago
mas que barbaridade isso ae!
além de gays são marginais esses gazelas FPP!
gremista em T.O. = MARGINAL
Carlos Henrique
é todo LIXO!
Thiago
gaymistas FDP!!!
Homerinho
Resumo em uma só palavra os atos desta torcida podre do grêmio:INVEJA!

10 Comentários de pessoas que de certa forma revidam as opiniões generalizadas:
DeSantis!
não tipico de torcedor de nenhum time.
é tipico de assassinos, marginas que usam o futebol como máscara para disputas entre gangues rivais
  Kátia:
cara ja tem topico la ;)
mas isso nao acontece só em grenal; nao acontece só gremista fazendo.
colorado faz isso tbm ; sao paulino.
é ai que me da mais ódio.

 


Referências
BAUDRILLARD, J. Tela Total. Porto alegre, Editora Sulina, 1998.
BAUDRILLARD, J. Da Sedução. São Paulo. Papirus, 1992.
BRUNO, F. e MARTINS, F. M. “Diálogos sobre interfaces e visibilidade” in Sessões do Imaginário vol. 11. Poro Alegre, Edipucrs. 2004.
DEBORD, G.  A  Sociedade do Espetáculo. Rio de Janeiro. Contraponto, 1997.
DELEUZE, G. Conversações. São Paulo. Ed. 34. 1996.
FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Petrópolis. Vozes. 1987.
KOZINETS, R.The Field Behind the Screen: Using
Netnography For Marketing Research in Online
Communities. Journal of Marketing Research, 39,
2002.
LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
LÉVY, Pierre. O ciberespaço e a economia da atenção
In: PARENTE, André (org.). Tramas da rede. Novas
dimensões filosóficas, estéticas e políticas da
comunicação. Porto Alegre: 2004
MAFFESOLI, M. No Tempo das Tribos. Porto Alegre, 1988.
NIETZSCHE, F. Genealogia de la Moral. Madrid. A.L. Mateo, 1992
ORKUT: Comentários Comunidade do Grêmio sobre o assassinato de torcedores colorados:
http://www.orkut.com.br/CommMsgs.aspx?cmm
=22731&tid=5216817447013859573&kw=
dois+gremistas+matam+colo+s%C3%A3o+leopoldo
   (28/06/2008)
ORKUT: Comentários Comunidade do Internacional sobre o assassinato de torcedores colorados

http://www.orkut.com.br/CommMsgs.aspx?cmm=
29755&tid=5216794507546611905&kw=
dois+gremistas+matam+colorados+s%C3%A3o+leopoldo
(28/06/2008)

ORTEGA y GASSET, J. La Rebelión de las Masas. Madrid. Espasa Calpe, 1997.

 SIBILIA, P. O Homem Pós-orgânico. Rio de Janeiro. Dumará, 2003.

 ZEROHORA http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/
default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a2008378.xml
  (28/06/2008)


Francisco Menezes

Professor  do PPGCOM e Pesquisador da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP). Professor  do Curso de Comunicação e pesquisador do Centro Universitário FEEVALE – Novo Hamburgo RS. Pós-Doutorado no PPGCOM /UFRJ. Doutorado em Comunicação – Universidad Complutense de Madrid – Espanha.  Líder de Pesquisa do Grupo de Tecnologias do Imaginário PUCRS/UTP. Autor do livro Impressões Digitais – cibercultura, comunicação e pensamento contemporâneo (Sulina 2008).

Juliana Momberger

Bolsista de Iniciação Científica do Centro Universitário FEEVALE – Novo Hamburgo/RS – Brasil e Aluna do Curso de Comunicação – Jornalismo.

 

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