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Por Paulo C. Cunha Filho,
Rômulo César Pinto , Diego L. Rocha,
Guilherme Alexandre M. Reinaldo y Mauricy A.
da Motta Filho
Número
49
Introdução
Pukhet,
dezembro de 2004. Kosovo, abril de 1998. Bagdá,
setembro de 2002. Estes foram três eventos
da história recente da humanidade - tragédias
que receberam traduções multimídias
em tempo real, alimentando os noticiários
internacionais em primeira mão, antes
mesmo que os correspondentes mais próximos
conseguissem chegar aos locais dos eventos. A
ação desses “narradores”
quase anônimos da realidade nos eventos
citados levantou questões cruciais ligadas
ao papel do jornalismo nas sociedades super-conectadas.
Blogueiros,
turistas, passantes, curiosos, flaneurs. Os narradores
anônimos do contemporâneo não
possuem qualquer formação específica
nas técnicas jornalísticas. Não
passaram pelos cursos que formam repórteres,
fotógrafos ou editores. Assim como nunca
freqüentaram uma redação de
jornal ou uma emissora de televisão. Entretanto,
dispõem de um aparato tecnológico
de alto impacto: câmeras digitais, laptops
munidos de processadores de texto e de imagem,
conexões e servidores. Possuem ainda,
fundamentalmente, a vontade de testemunhar as
crises, os acidentes, os conflitos do seu tempo.
Essa vontade está associada a um fenômeno
recente e muito pouco estudado: a incorporação,
por parte de “amadores”, dos procedimentos
práticos e de elementos da linguagem jornalística
antes reservados aos jornalistas profissionais.
Esse
movimento de dentro para fora do jornalismo -
que faz com que um turista se sinta capaz de
divulgar no seu blog, antes de qualquer corporação
jornalística, o relato de um terremoto
ou de um tsunami – é acompanhado
por um movimento de fora para dentro do campo
profissional jornalístico, já que
as empresas demandam cada vez mais a participação
dos seus “usuários” (categoria
que inclui leitores, ouvintes, telespectadores
e internautas). No Brasil, por exemplo, a CBN,
uma rádio especializada em notícias,
convoca diariamente seus ouvintes para que prestem
serviços de informação sobre
o trânsito em diversos pontos da cidade,
fazendo com que cidadãos se transformem
instantaneamente em fontes pró-ativas
de um sistema de informação que
afeta decisões de deslocamento de milhares
de outros ouvintes. O sistema baseia-se no pressuposto
da responsabilidade associada a uma “atitude
cidadã”, compromissada, do ouvinte
em relação á comunidade,
mas, noutra perspectiva, transforma ouvintes
em repórteres.
Esta
grande e recente expansão do campo jornalístico
exige reconhecer que tanto os procedimentos técnicos
(como entrevistar, como verificar, como utilizar
câmeras e computadores, como publicar)
quanto os procedimentos de linguagem (como escrever,
como editar, como fotografar ou filmar) estão
deixando de ser exclusividades das esferas profissionalizadas
do jornalismo. Isso não quer dizer que
estes procedimentos estejam tornando-se menos
especializados, mas, ao contrário, que
essa especialização está
saindo das esferas profissionais do campo jornalístico.
Que
hipóteses podem sustentar a compreensão
desses fatos? Falar em sociedade midiatizada
implica em reconhecer a condição
de dependência do real em relação
aos processos de representação
social: o que existe como reconhecível,
aceitável, objeto de debate, projétil
impactante e próximo à “verdade”
é, de fato, aquilo que emerge nos diversos
canais de projeção de conteúdo
disponíveis. O que submerge não
aparece, se restringe ao circulo comunicacional
das sub-culturas, tende rapidamente ao esquecimento,
à dúvida e à negação.
Quanto mais complexa se tornam as sociedades,
mais difícil mensurar o valor de algo
não midiatizado.
Em
paralelo a esta necessidade de “tornar-midiático-para-tornar-real”,
os relatos individuais encontram hoje imensas
oportunidades de projetar-se na direção
da audiência global, já que as tecnologias
estão mais distribuídas e mais
acessíveis. Por outro lado, paradoxalmente,
essa mesma audiência global parece encontrar-se
num estado geral de desconfiança e desinteresse
diante das realidades e seus relatos. Em virtude
da velocidade da produção, acompanhar
o andamento das indústrias da mídia
tornou-se uma tarefa estafante e, diante da frustração,
resta-nos a desconfiança. Desconfia-se
de tudo: dos reality shows à grande imprensa;
da Igreja aos comentários dos vizinhos.
Esta
conjuntura hipotética faz surgir a necessidade
de rediscutir a própria idéia de
jornalismo - de suas práticas, de suas
ferramentas, de suas linguagens. O que é
jornalismo, enfim: uma profissão, uma
técnica narrativa, um instrumento para
conhecer a realidade, um espelho da realidade
ou nada disso? Como integrar, descartar, ou simplesmente
encontrar o lugar desses conceitos no mundo contemporâneo?
Como, afinal, ensinar jornalismo hoje em dia?
É dentro desse contexto de crise de credibilidade
e de multiplicidade conceitual que surgiu o projeto
OpenNews, levado adiante pelo Laboratório
Kimera, da Universidade Federal de Pernambuco
(Brasil), no âmbito da Rede Latino-americana
para o Desenvolvimento de Metodologias e Software
para o Ensino de Jornalismo nas Redes de Alta
Velocidade. Além da UFPE, formam esta
Rede o Grupo de Pesquisa em Comunicação
e Cibercultura do Instituto Tecnológico
de Monterrey (México), o Grupo de Pesquisa
em Metodologias de Ensino de Comunicação
da Universidade Nacional de Córdoba (Argentina)
e o Grupo de Pesquisa em Jornalismo Digital da
Universidade Federal da Bahia (Brasil).
O
jornalismo e a dinâmica da forma-jornal
No
seu texto “Online Journalism as Market-Driven
Journalism”, Cohen (2002) mostra como a
pesquisa sobre o jornalismo tem se dedicado a
examinar como jornalistas e leitores se comportam
diante das notícias online e quais as
diferenças entre a estrutura dos novos
programas de televisão e dos jornais impressos
com as estruturas dos mesmos programas e jornais
na WWW. De fato, quando lemos os trabalhos importantes
sobre jornalismo online entre os anos 1990 e
2000 (Li, 1998; Schultz, 2000; Sundar, 1999;
Sundar & Nass, 2001; Vargo et al., 2000,
entre outros), são os processos de adaptação
dos velhos padrões jornalísticos
na web que têm chamado a atenção
dos pesquisadores. É por isso que Cohen
(op. Cit.) pede uma maior atenção
para outros níveis do problema, sobretudo
para os conflitos comerciais e editoriais que
surgem no ambiente online. Na visão da
autora, os conflitos de mercado seriam determinantes
no estabelecimento ou na transformação
das normas do jornalismo profissional.
A
questão central nesse processo é
que a Internet abriu a possibilidade para o estabelecimento
de uma esfera pública “independente”,
com a descentralização acelerada
da produção de notícias
e com as forças de mercado operando para
constranger a prática jornalística.
Desde o final da década de 1990, pesquisadores
defendiam que os gigantes da mídia “have
the product and deep pockets to wait it out and
establish themselves as the dominant players
in cyberspace" (McChesney, 1997, p. 31).
É a partir disso que Cohen (op. Cit.)
chamou a atenção para o papel definidor
dos investidores, proprietários e corporações
no campo da informação online.
O mais relevante na nossa perspectiva é
que a abertura dos sistemas distribuídos
de acesso e publicação no jornalismo
contemporâneo não se dá contra
as forças de mercado – ao contrário,
trata-se de uma operação paralela
de flexibilização do campo profissional
e de abertura à participação
social.
Desde
o surgimento dos primeiros jornais na web, diferentes
sistematizações feitas à
luz da dinâmica jornalística procuraram
indicar os aspectos específicos desta
prática no novo ambiente (Pavlik, 2001;
Palacios et al., 2002; Mielniczuk, 2003, entre
outros). De um modo geral, procurou-se detectar
os elementos presentes nas cadeias de produção,
tratamento e disponibilização de
conteúdo pelos jornais que habitam a Internet
(Armañanzas, 1996; Recio, 1999; Armentia,
2000; Quadros, 2002; Shedden, s/d). Todas as
abordagens procuraram determinar como atribuir
a um jornal maior ou menor quantidade de características
provenientes dos recursos oferecidos pela plataforma
web (hipertexto, multimídia, interatividade,
personalização e memória),
sem perder outros elementos vinculados ao desenvolvimento
histórico do jornalismo. O foco desde
o início foi, portanto, o estabelecimento
de critérios de verificação
de um jornal (ou um jornalismo) “novo”
o suficiente para ganhar certa autonomia, mas
“tradicional” o suficiente para ser
tomado ainda como jornal (ou como jornalismo).
O elo entre o “novo” jornal na web
e o “velho” jornal impresso é
o que chamamos de forma-jornal.
Mesmo
empregando outra terminologia, Lage (2001:15)
defende que, diante da forma-jornal, qualquer
leitor reconhece imediatamente tanto o objeto
quanto as suas funcionalidades. Trata-se de uma
evidência social total: o usuário
reconhece seja um jornal impresso seja um telejornal
sem qualquer dificuldade ou necessidade de formação
especializada. Essa evidência extrapola,
inclusive, as condições de uso
do objeto em questão: o sujeito não
precisa ser alfabetizado (ou urbano ou estável
financeiramente ou qualquer outra coisa) para
saber o que é, para que serve e como funciona
a forma-jornal.
Como
afirma Williams (1978), o jornal está
constituído enquanto forma cultural cognoscível,
envolvendo certos parâmetros: (a) cadeias
de produção; (b) materialização
do resultado dessa mesma cadeia (no caso do impresso,
um conjunto de páginas impressas num determinado
tipo e tamanho de papel, organizadas de determinado
modo, os cadernos e possuindo uma organização
própria de gêneros narrativos);
(c) reconhecimento social de que o jornal, ao
reunir de modo constante e periódico,
propõe a cobertura dos principais eventos
ocorridos dentro de determinado intervalo de
tempo.
É
possível dizer que há, por trás
do termo forma-jornal, a idéia de que
sua circulação num determinado
campo social necessita apoiar-se na noção
de objeto cultural definido, a partir de certas
características técnicas e de certos
conteúdos específicos, presentes
numa cadeia reconhecida de produção
e consumo. De forma radical, se diria que um
jornal (e, a rigor, o jornalismo) só opera
socialmente por que as pessoas sabem exatamente
– e aprioristicamnte - o que é o
jornal e como opera o jornalismo. O peso da história
na constituição da forma-jornal
explica, em grande medida, porque os pesquisadores
procuram estabelecer tantas comparações
entre o jornal na web e o modelo da tradição
impressa. E, no processo de constituição
da forma-jornal, o estabelecimento de padrões
textuais canônicos tem sido extremamente
importante. Dentre elas, a o gênero notícia
ocupa uma posição evidentemente
central. Como tantos outros, Lage (op. Cit.,
p. 94], ao listar as características da
notícia, chama a atenção
para certos elementos: atualidade, proximidade,
inusitado, identificação social,
intensidade, ineditismo. Dentro do contexto cultural
da forma-jornal, eles permitem vincular objeto
técnico (o meio) à produção
de sentido (conteúdo).
Nessa
perspectiva parece mais fácil compreender
porque a forma-jornal não é estática,
mas instalada no centro de uma dinâmica
que faz dela um objeto sempre sincronicamente
percebido e diacronicamente mutante. Fisicamente,
um jornal composto em linotipos no início
do século XX é tão “estranho”
para um leitor de hoje quanto, do ponto de vista
narrativo, uma notícia lida num programa
de rádio nos anos 1950. A forma-jornal
estaria presente, portanto, na dimensão
que surge da relação dos diversos
objetos técnicos com os também
diversos modelos de produção de
sentido.
Não
seria possível, portanto, continuar ensinando
jornalismo nas universidades como se a forma-jornal
fosse estática. Como se o jornalismo fosse
uma profissão “reservada”
a pessoas habilitadas, como se a linguagem e
as ferramentas não estivessem cada vez
mais distribuídas e acessíveis,
atendendo as exigências das forças
de mercado. Foi pensando assim que o Laboratório
Kimera desenvolveu o sistema publicador OpenNews,
a ser usado tanto nas escolas de jornalismo quanto
pelas associações populares. Um
sistema cuja virtude é acompanhar a expansão
do conceito de jornalismo, retirando dele toda
característica de reserva de mercado.
Características
Gerais do OpenNews
O
OpenNews é um sistema de publicação
automatizada de jornais e de notícias
associadas a esses jornais. Projetado para funcionar
na Internet de modo livre e aberto a qualquer
usuário, sem tarifas ou restrições
de uso, o OpenNews se propõe a ser uma
plataforma para criação e veiculação
de jornais online (Cf. <http://www.laboratoriokimera.org.br/opennews>).
Tecnicamente,
o sistema é um banco de dados de jornais
e de notícias sobre os mais diversos assuntos.
É possível utilizar o OpenNews
a partir de três perfis distintos de usuários:
- Como
leitor: o leitor procura em uma ferramenta
de busca por um jornal ou notícia específica.
Ou então pede para o sistema listar
todos os jornais disponíveis ou todas
as notícias disponíveis.
- Como
editor: um editor é um usuário
que cria um ou mais jornais. Para ser editor,
é preciso se cadastrar no sistema, abrindo
uma conta de editor. De posse de seu login
e senha é possível começar
a criar jornais. Cada jornal criado é
uma espécie de "caixa vazia",
na qual se inserem notícias nas seções
(editorias).
- Como repórter:
repórter é um perfil de usuário
designado pelo editor. Os repórteres
podem criar/excluir/alterar matérias
dentro de jornais específicos para os
quais foram designados por um editor.
Dessa
forma, cada jornal criado é constituído
por um conjunto de informações
fornecidas pelo usuário que o criou a
partir do preenchimento de formulários
eletrônicos simplificados: nome do jornal
(por exemplo: Barrio San Juan News), conceito
associado (por exemplo: Jornal da Comunidade
de Barrio San Juan), seções (é
possível criar até cinco seções
ou editorias por jornal, por exemplo: esportes,
política, saúde...), padrão
gráfico (é possível escolher
entre quatro padrões distintos de cor
e entre dois padrões distintos de imagens
básicas: fractais ou concretas, para a
composição da identidade visual
básica do jornal).
A
partir dessas definições, o jornal
é criado pelo usuário. Nesse estágio,
jornal é apenas uma caixa vazia, esperando
por notícias que já podem ser inseridas
em suas respectivas editorias. Ainda nesse estágio,
o jornal não está publicado - ou
seja, ele já faz parte apenas banco de
dados do sistema, mas seus dados ainda não
estão acessíveis para os usuários
da Internet (o usuário leitor). O editor
pode dispor da opção de publicar
o jornal através de um botão específico
no sistema – e só neste momento
ele torna público o seu jornal.
Assim,
depois criado, o jornal pode começar a
receber as notícias dentro das respectivas
seções ou editorias. A alimentação
do banco de dados com notícias pode ser
feita tanto pelo usuário editor quanto
pelo usuário repórter. O usuário
repórter é selecionado, convidado
e cadastrado no sistema pelo editor. O repórter
não pode alterar dados do jornal, podendo
apenas incluir, alterar ou excluir notícias
produzidas por ele. Cada notícia é
composta por um conjunto básico de dados
fornecidos pelo editor ou pelo repórter
através do preenchimento de formulários
simplificados com os seguintes campos: Título,
Sub-título, Texto, Links relacionados,
Foto(s) ou Imagem(ns) até cinco por matéria.
Não
há limite de espaço para o texto
e as conexões com documentos internos
(outras notícias) poderão ser feitas
através de uma ferramenta específica
de busca e de associação (link)
através das próprias palavras do
texto.
Aspectos
tecnológicos e interface do OpenNews
O
OpenNews foi desenvolvido com tecnologia PHP
4.1, linguagem de programação gratuita
para uso em ambientes internet que se integra
com sistemas de banco de dados diversos. O Open
News optou também por um banco de dados
gratuito, o My SQL 4.0, da Microsoft. A opção
por tecnologias “free” representa
a possibilidade do barateamento do custo do desenvolvimento
e da distribuição do sistema. Na
implementação foram usadas versões
educacionais dos softwares Photoshop CS, da Adobe,
e Studio MX 2004, da Macromedia. O Photoshop,
por ser uma poderosa ferramenta para tratamento
de imagens. O Studio MX 2004, por ser uma eficiente
ferramenta para desenvolvimento e implementação
de conteúdo HTML e PHP, integrando-se
de modo fácil e seguro com o banco de
dados My SQL.
A
interface foi construída visando a sua
utilização por um público
não específico, o que tornou necessário
a criação de um modelo compatível
com os diferentes tipos de usuários. Foram
escolhidos padrões de cores e de formatação
neutros e de fácil aceitação.
O resultado é uma identidade visual simples
e neutra, que destaca, sobretudo, o conteúdo
dos jornais.
Tendo
em vista esses princípios, foram criados
três padrões de interface, que correspondem
a módulos específicos do sistema.
Um é o site do sistema OpenNews, onde
é possível navegar pela seguinte
estrutura de informações dispostas
em um menu vertical (com exceção
da “busca” que localiza-se no centro
da tela principal): Como funciona (para saber
detalhes do projeto), Política de uso
(para entender como se usa), Cadastro (para tornar-se
um usuário editor), Login (para acessar
o ambiente de criação de jornais),
Busca de jornais e notícias (para ser
um usuário leitor). O segundo padrão
é o do ambiente de criação
de jornais e notícias. Depois de cadastrado
e registrado no sistema, o usuário editor
navega pela seguinte estrutura de informações:
Criar novo jornal, Gerenciar notícias,
Alterar dados pessoais, Cadastrar repórter,
Editar jornal. O terceiro padrão é
o dos jornais específicos. Nele, é
possível navegar através de um
menu vertical com as respectivas seções
criadas pelo editor.
O
logo do sistema é a integração
de um “O” e um “N”, (as
iniciais do nome do sistema). A tipografia da
marca segue o padrão do logo, gerando
uma unidade visual. Para o corpo do texto a tipografia
utilizada é Verdana (não serifada),
de modo que o texto apresenta uma boa legibilidade,
respeitando o padrão mais comum da internet.
Todas as telas do sistema estão divididas
em quatro setores, segundo o wireframe a seguir:
Setor
01 |
Setor
02 |
Setor
03 |
Setor
04 |
Setor
01:
Cabeçalho. No cabeçalho ficam as
informações sobre o sistema OpenNews
ou sobre o jornal que está sendo visitado,
de acordo com um dos três padrões
citados acima.
Setor
02: Menu. No menu está a estrutura
de navegação principal do sistema
como um todo. São as funcionalidades disponíveis
para o perfil de usuário com o qual está
sendo acessado o sistema.
Setor
03: Área de conteúdo ou
de ações. Onde acontecem as ações
das funcionalidades do sistema ou são
exibidos os principais conteúdos dos jornais.
Setor
04: Informações adicionais.
Aqui serão exibidas informações
adicionais que têm como objetivo ajudar
o usuário a entender melhor o sistema,
como por exemplo, instruções sobre
o preenchimento dos formulários relativos
à página em que se está
navegando. A seguir estão os respectivos
layouts por padrão de interface:
FIG.
1. tela de abertura do sistema
FONTE: http://www.laboratoriokimera.org/opennews
FIG.
2. tela do editor de jornais
FONTE: http://www.laboratoriokimera.org/opennews
FIG.
3. tela de um jornal criado
FONTE: http://www.laboratoriokimera.org/opennews
Pelas
suas características descritas acima,
é possível que o OpenNews atenda
basicamente a dois públicos específicos:
(a) professores e estudantes de jornalismo interessados
em uma plataforma gratuita para ensino e aprendizagem
de jornalismo via Internet; (b) Entidades diversas
tais como associações de moradores,
grupos religiosos, comunidades que necessitem
de um veículo de circulação
de informações com as características
do jornal, especificamente no que diz respeito
a credibilidade do formato jornalístico
e de estrutura ção da informação.
Evidentemente,
o OpenNews é um serviço de geração
de jornais e notícias, voltado para os
“reportadores do presente”, independente
de sua formação jornalística.
O OpenNews destina-se, conceitualmente, a estes
narradores do contemporâneo (anônimos
ou não) que podem estar dentro ou fora
das redações de jornais, que podem
ter maior ou menor formação específica
nas técnicas jornalísticas. O OpenNews
nasceu para ser um instrumento para facilitar
a incorporação, pelos “amadores”
ou pelos jovens estudantes de jornalismo, dos
procedimentos práticos e dos elementos
da linguagem jornalística.
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Dr.
Paulo C. Cunha Filho
Professor do Programa de Pós-graduação
em Comunicação da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE), onde coordena
o Laboratório Kimera,
Brasil.
Rômulo
César Pinto, Diego L. Rocha, Guilherme
Alexandre M. Reinaldo, Mauricy A. da Motta Filho
Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE),
Brasil. |